04 novembro 2008

desdobramentos do eu

(oh não!, lá vem ela com um post pseudo-filosófico)

Depois de sair do ginásio hoje - depois de 3 anos, um filho e alguma massa gorda extra - atravessei as ruas de cór, sem ver a altura dos passeios nem reparar se as sebes do jardim estavam aparadas ou os carros estacionados na passadeira. Quando regresso a lugares que já foram muito meus, sinto que estou naquele anúncio de um automóvel qualquer (pelos vistos, o anúncio é bom menos na parte de me fazer decorar a marca do carro) em que este se desdobra e vai um para um lado fazer uma coisa enquanto o clone vai para outro lado fazer outra coisa qualquer. Cada um dos nossos eus continua a existir numa realidade paralela mesmo quando mudamos de vida, de casa, de emprego e começamos a fazer coisas completamente diferentes. É, não é?

2 comentários:

Gaivota disse...

É a memória do corpo, dos movimentos habituais, dos sítios que já foram nossos.

Vera Dias António disse...

Porra (que é mesmo assim), isso é tão verdade!!!
Desde que tive o Amadeu o tempo tem passado a correr e agora há sentimentos que revivo e é espectacular. Nem que seja o vestir uma camisola que não vestia há 4 anos, percebes?! Vem um sentimento tão giro, tão bom, nem sei se estou a falar de desdobramentos, são mais redescobertas, mas é giro na mesmo.
Anda daí com as pseudo-filosofias que eu gosto!!

Beijo grande grande!

PS: Lembras-te da Bela que vivia comigo? Está grávida!!! Tem a Beatriz com 5 anos e agora está de 12 semanas!!! O incrível é que eu não falava com ela há muito tempo e agora... só boas notícias!!!