05 julho 2011

educação para a igualdade

Chegou o dia em que os meus familiares do sexo masculino me vão cair em cima: acabei de pintar as unhas do meu filho mais velho. Ele escolheu o tom Cherry Glacé, da Nivea. Talvez me salve de uma morte por apedrejamento porque a coisa só durou 2 minutos e a acetona apagou todas as provas do "crime".
Sempre defendi que, na educação dos meus filhos, não ia haver coisas de "menina" e de "menino". Meninas e meninos têm diferenças biológicas e neurológicas, sim, mas eu não vou reforçar estereótipos de base essencialmente social. Não incentivo a experimentação de coisas tipicamente do género oposto; advirto para o facto de muita gente achar que isso não é "normal"; mas não proíbo nem tento dissuadir. Depois de muitas vezes em que disse ao Gugas que, ou cortava as unhas, ou eu lhas pintava, ele escolheu a segunda opção. "Não te importas que os outros meninos digam que o verniz é só para as meninas?", perguntei. "Não. Os meninos também podem usar.", retorquiu. Quando percebeu que tinha de esperar 10 minutos para que secasse: "Quero tirar, quero tirar! Quero ir brincar com os carrinhos."
E eu suspirei intimamente, que isto uma pessoa é muito moderna mas não gosta que os filhos sejam alvo de chacota na piscina.

3 comentários:

Melissa disse...

Mesmo barco, here!

Vera Dias António disse...

:)
Os meus numa fase queriam pintar os olhos de manhã quando eu estava a maquilhar-me. Umas vezes ainda passei a fingir com o pincel nas palpebras deles que se riam e divertiam à brava, um dia descobriram que não pintava nada, porque se viram ao espelho e, desconfiados pediam para pintar e confirmavam ao espelho e deliravam com as cores nos olhos. Depois de uns dias assim lá expliquei que o papá não pinta porque são coisas de gajas e eles perceberam. Mas era divertido... e ainda não frequentavam o infantário...
:)

Sara MM disse...

eh!eh! e agora tens de arranjar outra segunda opção... ou talvez não!?!